Estado de Minas SAÚDE

Amídalas, retirá-las ou não?

Especialista explica qual a função do órgão e quando a extração deve ou não ser realizada


postado em 18/08/2015 14:34

Segundo o especialista, as amídalas só devem ser retiradas em caso de necessidade, e, de preferência, durante a infância(foto: Newkidscenter.com/Reprodução)
Segundo o especialista, as amídalas só devem ser retiradas em caso de necessidade, e, de preferência, durante a infância (foto: Newkidscenter.com/Reprodução)
Tudo que existe em nosso corpo possui uma função, sabia? Até mesmo o apêndice, que muitos chamam de resquício inútil da evolução, existe para abrigar bactérias "boas" do intestino, que ajudam na digestão, segundo estudo da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. Outro órgão "mal falado", as amídalas também não são inúteis. "Elas são responsáveis pela defesa do organismo", explica o otorrinolaringologista Cícero Matsuyama, do Hospital CEMA, de São Paulo.

Localizadas entre o nariz, a boca e a garganta, as amídalas têm um importante papel, principalmente nos primeiros anos de vida. Elas são responsáveis por criar anticorpos contra todas as bactérias a que o corpo tem acesso via ar ou alimentação. No entanto, há algumas décadas, elas têm alvo de uma "moda", que prega a extração desse órgão. Afinal, é recomendao ou não retirar as amídalas?

"Como médico, sou favorável à retirada das amídalas, quando favoreça o bem-estar dos pacientes", afirma o médico. Segundo ele, a indicação de cirurgia só é indispensável quando existe um aumento excessivo desse órgão, o que pode ocasionar em dificuldades de respiração durante o dia e até apneia (quando há uma parada respiratória, durante o sono). Já nos casos de amigdalites, comuns na primeira infância, o médico deve avaliar se há ou não a necessidade de cirurgia, já que, atualmente, os antibióticos para combater as infecções estão cada vez melhores.

Se for necessário operar, o especialista ressalta que é melhor que seja feito na infância. "A cicatrização pós-operatória da cirurgia das amídalas, em crianças costuma ser breve e indolor. Já em adultos, a evolução é mais delicada e necessita de alguns dias de dieta especial e repouso", detalha Cícero Matsuyama. O procedimento é relativamente simples, dura menos de uma hora e a criança volta para casa no mesmo dia.

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