
Hilal Elver e Baskut Tuncak citam pesquisas que mostram que os agrotóxicos causam cerca de 200 mil mortes por envenenamento a cada ano em todo o mundo. Quase todas as fatalidades, ou 99%, ocorrem em países em desenvolvimento, onde, segundo eles, as leis ambientais são "fracas".
De acordo com a ONU, a exposição aos pesticidas está ligada ao câncer, às doenças de Alzheimer e Parkinson, e a problemas hormonais, de desenvolvimento e de fertilidade. Agricultores e famílias que moram próximas de plantações com agrotóxicos, comunidades indígenas, grávidas e crianças seriam os mais vulneráveis.
Os relatores lembram que todos os países têm a obrigação de proteger as crianças de pesticidas perigosos, já que ocorrem muitos casos de envenenamento acidental. Eles afirmam que algumas substâncias tóxicas continuam circulando no meio ambiente por décadas, ameaçando cadeias de produção alimentar e o ecossistema. Além disso, o uso abusivo e desordenado de agrotóxicos contamina solos, água e prejudica o valor nutricional dos alimentos.
No Brasil
Segundo um estudo sobre o mercado de agrotóxicos no Brasil divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o comércio destes produtos em nosso país cresceu 190% entre 2000 e 2010, representando mais que o dobro da média mundial, que foi de 93%.
(com ONU News e Agência Brasil)