"Ela se modifica de acordo com a idade. Nas crianças menores, entre 3 meses e 3 anos, as lesões são mais avermelhadas e estão localizadas na face, no tronco e nas superfícies externas dos braços e pernas. Em crianças maiores, são lesões principalmente nas dobras do corpo, como pescoço, cotovelo e atrás dos joelhos. Cerca de 60% das crianças apresentam redução ou desaparecimento das lesões antes da adolescência", esclarece a médica.
De acordo com a especialista, os sintomas tardicionais da dermatite atópica são coceira e lesões tipo eczema (descamação e vermelhidão) em diferentes partes do corpo. "E, quanto mais o paciente se coça, maior o risco de contaminação das lesões e piora do quadro", acrescenta Joana Barbosa.
Por se tratar de uma doença crônica, o quadro tem sua evolução em ciclos, com períodos de piora e melhora. "A dermatite atópica tende a aparecer ou a piorar quando a pessoa é exposta a certas substâncias ou condições. São fatores desencadeantes: pele seca; poeira; detergentes e produtos de limpeza em geral; roupas de lã e de tecido sintético; baixa umidade do ar; frio intenso; calor e transpiração; infecções; estresse emocional; certos alimentos", explica a dermatologista.
A especialista dá algumas dicas para se prevenir esse problema de pele:
- Uso diário e contínuo de cremes hidratantes após o banho
- Tomar banho com a água de morna para fria, com uma duração máxima de 10 minutos, sem bucha
- Usar roupas leves, de algodão, e evitar tecidos sintéticos
- Usar sempre filtro solar
- Mantenha as unhas curtas