
As técnicas fisioterápicas começaram a ser utilizadas em cavalos de corrida na década de 1970, e com a evolução dos métodos passaram a atender outras demandas, tornando-se extremamente úteis aos animais de estimação. Pets com problemas ortopédicos, neurológicos e de reabilitação passaram a contar com um novo reforço, recuperando sua qualidade de vida e, muitas vezes, evitando a eutanásia. Pacientes com distúrbios cognitivos, geriatras e obesos também foram beneficiados. E a terapia é usada até mesmo nos chamados cães-atletas, que necessitam de maior condicionamento físico, força e performance. "A resposta terapêutica nos animais é surpreendente. Em alguns casos, é possível devolver a mobilidade a pacientes que apresentam paraplegia ou tetraplegia somente com as técnicas utilizadas", diz a veterinária Camila Iani Godinho Rosa, especialista em fisioterapia e acupuntura veterinária da Recupera Pet. Que o diga o basset hound Bolota, que aos 4 anos de idade passou do peso e começou a ter problemas de artrose e displasia nas patas. "Além da dieta, ele faz vários exercícios na água. Em dois meses, perdeu 5 quilos e já consegue andar sem sentir dor", diz a gerente financeira Carolina Duarte Mazzoni Vieira.

O tratamento a ser realizado e sua duração são determinados após avaliação física no paciente e realização de exames clínicos. Nessa etapa são analisadas a marcha e condição corpórea do animal e feitos testes ortopédicos e neurológicos que mensuram a circunferência da musculatura, angulação da articulação, avaliação da dor e percepção de esforço. "Os exames são realizados no animal como um todo, de forma que todas as articulações e os grupamentos musculares sejam avaliados", diz a veterinária Carine. E ressalta que, quando monitorada por profissionais capacitados, a fisioterapia é uma atividade prazerosa para o animal, que não gera dor ou desconforto, podendo até se tornar uma atividade recreativa controlada.
