Apesar dos comentários positivos de usuários em fóruns na internet, a fisioterapeuta dermato-funcional da LM Laser, Amanda Lopes, acha difícil conseguir o mesmo resultado sem os riscos de uma queimadura ou outro tipo de lesão na pele. "Para ser eficaz, o aparelho tem que ter um determinado comprimento de onda, certa fluência, e esse caseiro não tem intensidade suficiente. Ele só vai afinar o pelo, não vai eliminar.
Em alguns casos, pode ocorrer um resultado inesperado: o calor gerado pelo equipamento estimula a multiplicação de céluas do bulbo capilar, tornando os fios mais grossos. Além disso, é grande o risco de o usuário sofrer algum tipo de queimadura na pele, caso use de forma errada, ou o produto esteja desregulado.
A maioria dos aparelhos caseiros funciona por meio de luz pulsante e, segundo a especialista, esse tipo de tecnologia precisa de uma potência bem maior, que não estaria disponível para o público comum. "O máximo que pode acontecer é a pessoa ficar com os pelos mais finos. Aí, não tem como eliminá-los. Nem como laser de diodo, que é o utilizado nas clínicas especializadas", explica Amanda Lopes.
Os aparelhos vendidos na internet recomendam o uso por pessoas de pele clara e pelos escuros – este é o perfil considerado de maior eficiência para se ter o resultado esperado. O método não funciona para pelos brancos ou muito claros, já que a luz é atraída pela melanina, na raiz. Ou seja, essa substância que dá cor à pele, possui pouca incidência nos pelos mais claros e é inexistente nos que são brancos.
Assim como nos tratamentos feitos nas clínicas, existe contra-indicação para pessoas com pele bronzeada ou naturalmente escura, que aplicam ácidos ou fizeram peeling recentemente, e que utilizam medicamentos fotossensibilizantes, como alguns antibióticos e anti-inflamatórios. Nos EUA, os preços dos equipamentos caseiros variam de US$ 200 a US$ 1.300. Já nos sites brasileiros, eles podem ser adquiridos por R$450 e até por R$3 mil..