São tantas substâncias disponíveis no mercado, que fica difícil escolher uma. Geralmente, o critério fica por conta do sabor mais ou menos amargo que elas costumam deixar no alimento. O que nem todos sabem é que alguns adoçantes sintéticos nem deveriam estar nas prateleiras dos supermercados por causar danos à saúde, de acordo com os especialistas.
Como explica Elizabeth Chiari, diretora do Conselho Regional de Nutricionistas de Minas Gerais, os únicos dois adoçantes que devem ser consumidos sem preocupações são os à base de estévia (ou stevia) e os que possuem sucralose.
A estévia é uma planta pertencente à família dos crisântemos e é nativa do Brasil e do Paraguai. Seu poder de adoçar um alimento é 10 a 15 vezes maior do que o do açúcar comum. A sucralose, por sua vez, é um derivado da cana-de-açúcar e, ao contrário de seu "primo" sacarose, não causa malefícios ao organismo, como já foi apontado em pesquisas. O que esse dois adoçantes têm em comum é o fato de não serem metabolizados pelo corpo, ou seja, são eliminados integralmente.
O problema é que esses dois tipos de adoçante, recomendados pelos nutricionistas, são até três vezes mais caros do que os sintéticos ou artificiais, oferecidos no mercado. Além disso, o fundo amargo que a estévia deixe no alimento pode desagradar o paladar mais apurado. Segundo Elizabeth Chiari, os produtos sintéticos como aspartame, sacarina e ciclamato – este último nem tem venda permitida nos Estados Unidos – são derivados do petróleo e não recomendados para hipertensos. “O maior problema desses produtos é a alta concentração de sódio, o que causa doenças cardiovasculares”, afirma a nutricionista.
Outra polêmica relacionada ao consumo contínuo de adoçantes sintéticos é que poderiam provocar câncer ou mal de alzheimer. Apesar de não haver estudos científicos conclusivos sobre esses malefícios, Elizabeth conta que as especulações surgiram pelo fato de nossas células não reconhecerem a substância sintética. “Por isso, costumo pedir aos meus pacientes que alternem o tipo de adoçante que utilizam. Não recomendo usar apenas um por muito tempo”.
A especialista diz, ainda, que a quantidade ideal para se consumir num dia seria, no máximo, três vezes, ou seja, durante as principais refeições.