Os embriões de cavalos também movimentam altas cifras, principalmente quando se trata do mangalarga marchador, podendo bater na casa dos R$ 200 mil.Graças às pesquisas ligadas às melhorias dos processos de fertilização, o Brasil é destaque mundial no quesito qualidade genética. Segundo Múcio Túlio Alvim, diretor-presidente da Cenatte Embriões, de todos os embriões bovinos produzidos no mundo, em 2013, 75% eram de origem brasileira. A estimativa é que esse número tenha caído, atualmente, devido ao maior investimento de outros países nesse ramo.
De acordo com o médico-veterinário Lineu Brandão Júnior, a revenda de materiais genéticos aumenta a cada ano. O valor mais caro que ele afirma ter conhecimento é de um embrião de boi, da raça nelore, que foi vendido por R$ 250 mil. "O maior comércio, em Minas, acontece em Uberaba, na época das exposições.
Entenda a fertilização
A geração do embrião bovino acontece por meio da fertilização in vitro, como explica Lineu."Normalmente, os oócitos da vaca são aspirados utilizando um ultrassom e uma bomba de vácuo. Eles são levados para o laboratório e maturados para se transformar em óvulo. Estes, então, são fecundados com o sêmen do touro, e os embriões são cultivados em estufa por mais sete dias. Após esse período, eles são transferidos ou congelados", esclarece o médico veterinário.
O armazenamento dos embriões é feito com nitrogênio líquido à temperatura de -196ºC, e podem ser guardados por tempo indeterminado. De acordo com Múcio Túlio, da Cenatte, as chances de um embrião vingar é de, aproximadamente, 45%. "Normalmente, vende-se uma prenhez já confirmada. O risco existe, mas os animais utilizados já foram provados, anteriormente, então, a chance de dar certo aumenta", confirma o empresário.
No cavalo, o processo é diferente. A fertilização acontece dentro da própria doadora. A égua é inseminada ou coberta com o garanhão e depois o embrião é retirado e congelado..