Normalmente, os jovens tomam o Viagra por insegurança, recreação ou até mesmo por vergonha de procurar um médico. Apesar da disfunção erétil ser mais comum a partir dos 50 anos, o problema pode atingir homens de qualquer idade. O urologista Antônio Peixoto Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia de Minas Gerais (SBUMG), alerta para os perigos de usar o medicamento sem o acompanhamento de um especialista. "O uso por recreação pode aumentar os riscos de efeitos colaterais e também o risco de dependência psicológica", afirma o especialista.
Entre os efeitos colaterais a longo prazo, provocados pelo uso constante do remédio sem prescrição médica, estão o comprometimento da visão, problemas cardíacos e até mesmo perda da audição.
Disfunção erétil
Na década de 1980, homens com problema de ereção recorriam à injeção de fentolomina, uma substância capaz de estimular a abertura das artérias e permitir que o sangue jorre para o pênis. O problema desse tratamento é que ele fazia o efeito instantâneo, mesmo que a pessoa não estivesse sexualmente excitada.
No fim da década de 1990, surgiu o Viagra, capaz de fazer a mesma coisa, só que de forma mais simples, apenas com um comprimido.
Segundo Antônio Peixoto, a disfunção erétil está relacionada a três pilares: parte orgânica, psicológica e o estímulo. O Viagra é capaz de resolver o sintoma, mas não a causa. "Ao abordar um paciente com problemas de disfunção sexual, temos que analisar e pesquisar estes três pontos, que podem estar presentes isoladamente ou em conjunto. Entre o arsenal terapêutico, a medicação oral revolucionou a abordagem e o tratamento da disfunção erétil. Contudo, reforço que o importante é tratar a causa", destaca o urologista..