Em São Paulo, um motociclista ganhou repercussão internacional por utilizar a água como combustível para sua moto. Com um reservatório, um sistema de tubos e uma bateria de carro, que produz eletricidade e separa o hidrogênio do oxigênio, o motor do veículo é capaz de funcionar normalmente.
Além do baixo custo econômico, o sistema é uma opção altamente sustentável, já que a combustão do hidrogênio gera apenas vapor d’água, ao contrário dos combustíveis fósseis, que liberam muito CO2, um gás muito poluente.
Assista ao vídeo com o "inventor" brasileiro (em espanhol):
Por enquanto, só sonho...
Segundo o engenheiro mecânico José Eduardo Mautone, professor da UFMG, o mecanismo realmente funciona, mas é inviável. Ele explica que a energia para "quebrar" a água (seprar o hidrogênio e o oxigênio) é muito maior do que a gerada pelo motor, para fazer o veículo funcionar. "Você consegue produzir o hidrogênio e impulsionar o veículo, mas verá que o motor está gerando menos energia do que consumindo, porque grande parte foi usada para quebrar a água. Não tem jeito de manter isso funcionando", aponta o especialista.
De acordo com o professor, o hidrogênio é uma boa alternativa, pode até melhorar o desempenho do veículo, mas o que impede sua viabilidade econômica é a conservação de energia. "O motor só consegue aproveitar 30% da energia que está no combustível. O restante é perdido em forma de calor, para a atmosfera", destaca o engenheiro.