Revista Encontro

Astronomia

Será que você está vendo uma estrela, ao invés de lixo espacial?

Sabia que milhares de objetos voam na órbita da Terra, desde pequenos parafusos a satélites desativados, que podem provocar sérios danos em missões espaciais?

Mais de 400 mil artefatos, entre parafusos, pedaços de metal e manchas de óleo, orbitam a Terra.
É o chamado lixo espacial, uma espécie de nuvem de metal e detritos que vem aumentando ano após ano.

A hipótese (Síndrome de Kessler) apresentada por um físico da Nasa, sustenta que haverá um momento em que o espaço terá tantos detritos que será impossível utilizá-lo para as necessidades da humanidade. Isso porque, quando dois objetos se chocam, eles geram mais fragmentos, multiplicando assim o número de elementos em órbita. E os satélites que atualmente estão em órbita, por exemplo, são responsáveis por transmitir dados, sinais de televisão, rádio e telefone, sem contar os equipamentos que observam a Terra, fornecem informações sobre mudanças climáticas, podem antecipar fenômenos naturais e fazer o mapeamento de áreas.

E qual a realidade lá em cima? Os astronautas, satélites e a própria estação espacial enfrentam problemas em antever um impacto.

Devido à velocidade muito grande em que viaja o lixo espacial, pequenas peças de 1 e 10 cm de tamanho podem penetrar e danificar a maioria das naves espaciais.

Mas não é só isso, um pedaço de metal de 10 cm pode causar tanto dano como 25 bananas de dinamite. Claro, afinal esse lixo todo circula no nosso planeta em velocidades que podem ultrapassar 30 mil km/h.

Durante sua primeira década em órbita, por exemplo, mais de 200 objetos se afastaram da estação espacial Mir, a maioria deles envolta em sacos de lixo. Mas a maior fonte de material significativo são aproximadamente 150 satélites, que foram destruídos ou se desmantelaram, deliberadamente ou acidentalmente. Eles deixaram um rastro de 7 mil fragmentos suficientemente grandes (acima de 10 centímetros), a serem monitorados a partir da Terra.

O Brasil tem sua parte de culpa: temos dois satélites de coleta de dados e mais três satélites em conjunto com a China e nenhum desses cinco dispõe de um sistema para que seja feita sua remoção em órbita.

A seguir, algumas ideias para remoção do lixo espacial:


(com Portal EBC e Eco4u).