Os paleontólogos estimam que o Gueragama seja o elo que faltava para explicar como as iguanas, que são classificadas como acrodontes, teriam surgido nas Américas. Eles acreditam que, quando existia o supercontinente Pangea, os animais não-acrodontes e acrodontes coexistiam, e quando houve a ruptura, alguns indivíduos sobreviveram e foram capazes de evoluir.
"É um elo perdido em relação à paleobiologia e possivelmente marca um novo sentido para a espécie. O fóssil de Gueragama sulamericana indica que a espécie é antiga e devia habitar o sudeste da Pangea", diz o pesquisador Michael Caldwell, professor da Universidade de Alberta, no Canadá, e um dos autores da descoberta.
Segundo os pesquisadores, possivelmente esses lagartos sulamericanos viviam em tocas durante o período quente do dia. Esse hábito é comum em animais acrodontes que vivem no norte da África e no Oriente-Médio.