O livro não agradou a alguns pais de alunos do 2° ano do colégio Marista, um dos mais tradicionais de Brasília. Segundo a assessoria de imprensa da escola, algumas famílias questionaram a adoção da obra.
A decisão gerou descontentamento de outras famílias, que se manifestaram em favor do livro pela internet e criaram a campanha #voltasara nas redes sociais.
Apoiado por pais que compartilham dessas ideias do livro, o movimento #voltasara ganhou força especialmente no Facebook. Além de pedir a volta da adoção do livro paradidático pela escola, os defensores da causa abordam assuntos relacionados ao tema do livro reacendem o debate sobre a definição da configuração familiar adotada no Estatuto da Família, aprovado recentemente por uma comissão da Câmara dos Deputados.
A própria menina Sara explicou a polêmica em um vídeo divulgado no Facebook:
Na opinião da autora do livro, Gisele Gama Andrade, a reação das famílias mostra que a obra reflete a realidade brasileira: "Essa postura da escola extrapola seus muros. Não se trata mais do livro, mas de uma atitude que exclui as famílias que não se configuram como pai e mãe com horários disponíveis para estar na escola nas festas. A atitude da escola é a da invisibilidade dessas famílias. Brasileiro é 'gente boa'. No entanto, vejo o tempo todo em minha casa o reforço à exclusão. O livro, assim como os demais que escrevi, visa a esse debate".
Procurada pela reportagem do Portal EBC, a escola informou que não pretende rever a decisão.
(com Portal EBC)
Confira abaixo a obra completa:
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