O físico alemão Albert Einstein, famoso por sua teoria da relatividade, já havia anunciado, no início do século passado, que se as abelhas desaparecessem da face da Terra, a humanidade também seria extinta. Até então, isso não era visto como uma "verdade absoluta". Porém, nesta sexta, dia 26 de fevereiro, na cidade de Kuala Lumpur, na Malásia, a ONU divulgou um relatório técnico mostrando que a população de várias espécies de abelhas polinizadoras está sendo rapidamente reduzida ou mesmo extinta.
Os responsáveis pelo relatório alertam que os países precisam tomar uma atitude urgente, antes que a situação chegue num ponto sem volta. "Estamos num período de declínio e as consequências estão aumentando", comenta Simon Potts, diretor do Centro de Investigação Agroambiental da Universidade de Reading, do Reino Unido, e um dos autores do documento das Nações Unidas.
O texto foi baseado em várias pesquisas científicas e chegou a ser aprovado por representantes de 124 nações. Ele lembra que sem as abelhas, que têm uma função ecológica extremamente importante, não teríamos diversos tipos de alimentos, especialmente frutas, legumes e itens de nosso cotidiano, como o café e o chocolate (devido à produção de cacau).
O relatório destaca ainda a situação do inseto no Brasil, que possui 300 espécies de abelhas, concentradas especialmente nas regiões norte e nordeste. O texto chama a atenção para a apicultura brasileira, que é muito comum nos estados que compõem essas regiões. A criação de abelhas, além de ser uma forma de inibir a extinção das espécies, faz de nosso país o sexto maior produtor mundial de mel. Perdemos apenas para China, Estados Unidos, Argentina, México e Canadá.
(com Agência Sputnik)
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