
Dados obtidos por cientistas russos mostram que existem cerca de 750 milhões de detritos menores de 1 mm girando na órbita da Terra. O grande problema para os especialistas em astronomia é desenvolver um método para eliminar esse lixo espacial sem afetar os mais de mil satélites em atividade – existem outros 2,6 mil inativos, que também se transformaram em "entulho".
Uma opção que vem sendo pensada por grupos de pesquisadores para acabar com os detritos espaciais é o uso de armamento nuclear. "Mas, isso é um absurdo e não é necessário. É o mesmo que jogar um copo de água num incêndio. Por isso, os cientistas elaboram novos métodos de captura do lixo espacial com uma rede ou até por meio de laser", comenta Boris Shustov. Ele lembra ainda que existem projetos para retirada do lixo espacial por meio de rebocadores ou mesmo por sistemas de cabos eletromagnéticos, que atrairiam os destroços.
Esses métodos para "limpar" a órbita da Terra esbarram em três problemas, segundo Shustov: demandam engenharia muito especializada; causam insegurança para os satélites ativos; e, juridicamente, muitos objetos que voam ao redor do planeta ainda têm "donos" e não podem ser eliminados.
Enquanto não se resolve essa questão, ela vai se agravando, já que pedaços maiores acabam se chocando contra outros, menores, gerando ainda mais material em suspensão no espaço.
(com Agência Sputnik)