Os destroços do navio ficaram perdidos por centenas de anos, até que, nesta terça, dia 15 de março, arqueólogos divulgaram a descoberta de importantes relíquias pertencentes a esse naufrágio. A informação foi publicada no periódico científico International Journal of Nautical Archaeology, que pertence à Sociedade de Arqueologia Náutica da Inglaterra.
Segundo as informações divulgadas pelos arqueólogos, o local do naufrágio do navio Esmeralda já havia sido descoberto em 1998, data que celebrava os 500 anos da rota de Vasco da Gama para a Índia. Porém, apenas em 2013 tiveram início as investigações submarinas. Entre 2014 e 2015, os arqueólogos marinhos descobriram nada menos que 2,8 mil artefatos próximos no mar de Omã.
Entre as relíquias recuperadas pelos pesquisadores no fundo do oceano, destaque para um disco de cobre com o brasão real português e com a esfera armilar (ferramenta astronômica), que compunham o emblema pessoal do rei Dom Manuel I (1469 a 1521). Também foram encontrados um sino de bronze, datado de 1498, e uma raríssima moeda de prata, chamada de "índio", que foi cunhada a pedido do próprio Dom Manuel, para ser usada no comércio com a Índia, em 1499.
Vale lembrar que a arqueologia marítima realizada no naufrágio do Esmeralda, nas águas próximas à ilha de Al Hallaniyat, em Omã, segue as regras da Unesco, órgão da ONU para a educação e a cultura, que foram redigidas a partir da Convenção de Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático, realizada em 2001.