
O polêmico livro é composto por couro natural e seus escritos foram feitos com tinta à base de ouro. Ele ficou guardado no depósito da polícia turca até 2010, quando foi encaminhado ao Museu Etnográfico de Ancara, capital do país. Essa "versão" da Bíblia está passando por uma restauração e, em breve, deve passar a fazer parte do acervo público.
A relíquia teria chamado a atenção também do Vaticano, segundo o jornal inglês Daily Mail, e o papa emérito Bento XVI estaria interessado em analisar a publicação milenar. Conforme o periódico, Ertugrul Gunay, ministro da Cultura e do Turismo da Turquia, afirma que o livro pode ser uma versão autêntica do evangelho de São Barnabé, e teria sido suprimido da Bílbia tradicional pela Igreja Católica, por apresentar uma influência islâmica nos ensinamentos de Jesus.
Em uma passagem desse texto antigo, Jesus teria dito a um pregador: "Como deverá ser chamado o messias? Maomé é seu nome sagrado". Ainda segundo o documento religioso, Cristo também negou ser o salvador da humanidade e teria dito que, na verdade, o messias seria de origem árabe.

Claro que esse suposto evangelho recebeu inúmeras críticas, especialmente da comunidade cristã. Muitos acreditam que a publicação deve ter sido publicada no século XVI, e não há 1,5 mil anos. De acordo com o pastor protestante Ihsan Özbek, o conteúdo é muito improvável para ser considerado autêntico. Em entrevista ao jornal turco Today Zaman, ele lembra que São Barnabé viveu no século I, ao lado de Jesus e dos demais apóstolos, e que essa Bíblia, que se encontra em Ancara, na verdade, pode ter sido redigida por um de seus seguidores.