A fome é um dos instintos mais primitivos que existe, mas, muitas pessoas acabam confundindo e não sabem diferenciá-la do desejo de comer. Segundo o médico gastroenterologista Bruno Sander, a fome é definida como a sensação fisiológica que o corpo percebe quando necessita de alimento para manter suas atividades inerentes à vida. Além disso, ele acrescenta que a fome pode ter dois tipos: a física e a emocional. "A fome física é a necessidade fisiológica do nosso corpo em ingerir energia. Já a fome emocional é um sentimento que nos faz ingerir determinados tipos de alimentos, sem que necessariamente estejamos precisando", completa o especialista.
Ainda de acordo com o médico, a vontade de comer pode surgir principalmente por fatores emocionais relacionados a momentos de estresse, ansiedade, tristeza ou simplesmente pelas circunstâncias, como a presença do alimento ou uma oferta feita por alguém.
Por isso, não conseguir controlar a fome pode trazer malefícios. "Muitas pessoas comem mesmo sem fome, por conta de determinadas emoções.
Culpa
Conforme o gastroenterologista, a vontade de comer, que ultrapassa o limite aceitável e leva à obesidade, é uma armadilha difícil de se evitar. Ela gera um círculo vicioso de culpa e baixa auto-estima que pode fazer a pessoa se "afundar" cada vez mais nos alimentos. Isso tudo sem contar o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, pressão alta e colesterol que a obesidade acarreta. Para quebrar o círculo vicioso da comida, o médico garante que o tratamento ideal envolve uma equipe multidisciplinar que inclui o profissional da Medicina, um nutricionista e um terapeuta. Tudo isso, claro, sem dispensar a atividade física.
Ele completa que é fundamental entendermos que, na maioria das vezes, o nosso corpo não precisa de tantas calorias quanto ingerimos. "Em média, o nosso metabolismo basal é de cerca de 1,5 mil a 2,5 mil calorias por dia"..