A muralha indiana, com seus 36 km de extensão, não é tão fenomenal quanto a chinesa, que chega a mais de 20 mil km. A Kumbhalgarh é totalmente maciça e em alguns pontos chega a ter 4,5 m de largura. Sua construção se deu a pedido do maharana (significa rei dos reis em hindu) Rana Kumbha, que governou o reino de Mewar, localizado onde hoje é o estado de Rajasthan, no noroeste do país. A muralha servia para proteger Mewar do reino rival Marwar. Durante 500 anos de existência, apenas uma vez a fortificação foi conquistada pelos inimigos.
A Grande Muralha da Índia possui sete portões, que serviam para proteger os mais de 360 templos que foram construídos nas áreas internas da estrutura de defesa. Cerca de 60 deles são ligados à religião hindu, umas das principais da terra de Gandhi, e os demais são dedicados à crença jainista, pouco conhecida dos ocidentais, e que teria surgido na Índia no século VI antes de Cristo – o jainismo prega a rejeição à violência.
Curiosamente, os turistas que visitam a Kumbhalgarh recebem a recomendação de não escalarem a muralha e prestarem bastante atenção por onde andam, já que a estrutura foi construída com inúmeras armas e armadilhas.
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