"Desenvolvemos uma molécula que estimula a produção de anticorpos contra a cocaína no sistema imunológico", afirma o professor Angelo de Fátima, do departamento de Química Orgânica da UFMG, um dos responsáveis pela pesquisa, no artigo de divulgação do estudo. Segundo o pesquisador mineiro, os anticorpos teriam a função de impedir que a droga chegue até o cérebro. Com isso, haveria redução drástica dos efeitos alucinógenos da cocaína e a consequente perda de interesse do usuário.
O cientista conta ainda que a vacina já está em fase de testes em animais. Angelo de Fátima salienta que a imunização deverá ser feita, prioritariamente, nos indivíduos que são mais suscetíveis a essa droga.
A cocaína é conhecida cientificamente como benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzoico, e é obtida por meio da extração do princípio ativo do arbusto de coca(Erythroxylum coca). Os efeitos anestésicos da planta já são conhecidos dos povos nativos da América do Sul há milênios..