O estudo, realizado por pesquisadores italianos e australianos, avaliou 9.672 pacientes assintomáticas durante determinado período. Nesses exames, a taxa de detecção de câncer foi maior com o uso da tomossíntese. A combinação de mamografia com tomossíntese também detectou tumores menores. Para a radiologista Vivian Schivartche, do CDB Medicina Diagnóstica, a superioridade nas imagens mamográficas quando se faz o uso do software é notável, mas exige, de outra parte, um aperfeiçoamento profissional para que a interpretação não deixe margem a dúvidas. A médica lembra que esse método diagnóstico permite a visualização de tumores menores, mais agressivos e provavelmente mais precoces, quando comparada à mamografia convencional.
"Quando a mamografia convencional é realizada isoladamente, a sobreposição de estruturas da mama pode simular lesões suspeitas, obrigando a paciente a fazer mais radiografias para esclarecimento, ou até mesmo uma biópsia.
Dados do Instituto Nacional do Câncer apontam que 60 mil novos casos de câncer de mama surgem todos os anos no Brasil. A doença corresponde a 22% de todos os tipos de câncer e ainda tem elevada taxa de mortalidade porque muitas mulheres não fazem a mamografia anual depois dos 40 anos. Ou seja, o diagnóstico geralmente é realizado quando o tumor já está num estágio avançado..