
A leptospirose canina é um exemplo clássico disso. Doença com alto risco para os seres humanos, ela é transmitida pela urina do rato contaminada por uma bactéria que, em contato com lesões na pele ou com mucosas dos animais domésticos, acaba se hospedando na corrente sanguínea e pode ser fatal. Segundo a médica veterinária Ana Paula Sarraff, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, mesmo com a vacinação frequente dos cães e gatos, há alguns tipos da doenças que não são contempladas na imunização.
"Ainda é muito grande a incidência de doenças canina e felina pela contaminação rápida e pelos muitos ratos existentes nas grandes cidades. Sempre digo que quando um cidadão vê um rato durante o dia, perto de sua casa, quer dizer que há colônias inteiras esperando a noite para sair. Por isso, é importante que os donos de cães e gatos não criem condições para que o rato chegue à casa. Comida e água disponíveis e entulhos são os principais atrativos para o roedor", comenta a especialista.
Outra conhecida infestação que acomete os pets é o carrapato. Da família dos ácaros, o parasita se alimenta do sangue dos animais de estimação, transmitindo principalmente duas doenças: erliquiose e babesiose. Ambas comprometem o sistema circulatório, provocando fraqueza, anemia, febre e perda de apetite. "Hoje, contamos com uma boa quantidade de produtos que previnem o carrapato, mas, é sempre preciso ficar atento ao ambiente, pois se ele tiver infestado, o tratamento não será eficaz", esclarece Ana Paula Sarraff.
Outra praga muito presente nos jardins e quintais das casas é a lesma, que também transmite doenças para cães e gatos domésticos. O molusco, que se aloja em locais de grande umidade, tem reprodução rápida e, por isso, cria grandes colônias de infestação. Ele pode causar vermes pulmonares, que, se não tratados, levam à tosse crônica e outras doenças.