Estado de Minas

Ataques de hackers crescem e Brasil é o quarto 'alvo' no mundo

Especialista fala sobre a segurança online e dá dicas para usuários e empresas


postado em 28/04/2017 14:00

Em 2016, ataques criminosos de hackers cresceram 10% em relação ao ano anterior. Confira as dicas de um especialista para não ser a
Em 2016, ataques criminosos de hackers cresceram 10% em relação ao ano anterior. Confira as dicas de um especialista para não ser a "vítima da vez" (foto: Pixabay)
Muita gente sabe da importância da segurança online, mas poucos se preocupam com o comportamento adequado no uso da internet e de aplicativos. Isso, somado ao crescente número de ataques cibernéticos, resulta em um ambiente vulnerável.

Além dos usuários comuns, empresas também são alvos frequentes dos hackers. De acordo com o relatório anual Norton Cyber Security Insights, 2016 foi um ano próspero para os hackers em todo o mundo, quando os ataques cibernéticos registraram uma alta de 10% em relação ao ano anterior. Apenas no Brasil, 42,4 milhões de pessoas foram afetadas, e o prejuízo total no país por conta desses ataques chegou a US$ 10,3 bilhões (cerca de R$ 32,1 bilhões).

Uma modalidade cada vez mais comum de crime é o sequestro de servidores. Hackers invadem computadores, principalmente de pequenas e médias empresas, deixam todos os dados indisponíveis e exigem um pagamento, normalmente em Bitcoin – moeda virtual que vale cerca de R$ 4.360) –, para devolver o controle das máquinas.

Segundo André Miceli, professor da Fundação Getúlio Vargas, "as grandes empresas já dedicam uma parcela de seus orçamentos de tecnologia para segurança. Isso ainda não acontece nas pequenas e médias. Assim como no mundo 'físico', os criminosos procuram facilidade, então, essas empresas acabam caindo nessa situação com mais frequência". Miceli revela que o Brasil foi o quarto país com a maior quantidade de casos de ataques cibernéticos no mundo em 2016 e esse número "deve aumentar".

Ainda segundo o especialista, uma questão que pode trazer problemas nos próximos anos é a segurança de dispositivos eletrônicos conectados a carros, residências e até mesmo equipamentos de saúde. André Miceli afirma que "nos próximos anos, certamente veremos a explosão do número de elementos conectados. Bombas de insulina, cardioversores e marca-passos estarão conectados. Aceleradores e pilotos-automáticos de automóveis, controles de casa como aparelhos de ar-condicionado e fogões também. Teremos mais oportunidades para invasões e, certamente, os criminosos irão aproveitá-las para fazer dinheiro".

Para evitar problemas na internet e no uso de aplicativos, o especialista dá três dicas importantes:

  • Contatos duvidosos: você recebe um e-mail pedindo recadastramento de senha do seu banco ou outras confirmações de dados e preenche um formulário, passando todas as informações para alguém mal intencionado. Para se prevenir desse tipo de ataque, evite abrir e-mails de remetentes desconhecidos, verifique se o link presente no e-mail é realmente da empresa que diz ter enviado a mensagem e não instale nada que não saiba a procedência em seu celular, computador ou qualquer outro equipamento

  • Use senhas grandes em dispositivos e sites: todos devem colocar senhas e bloqueio automático em seus dispositivos. Isso diminui a possibilidade de uso por terceiros, caso haja roubo ou esquecimento. As senhas longas também são úteis pois um técnica muito utilizada pelos hackers é o ataque por 'força bruta'. Neste caso, um programa testa individualmente todas as alternativas mais comuns de senha. Por isso, quanto mais longa e mais caracteres especiais, mais difícil será o acesso

  • Faça backups frequentes: uma ação contingencial que pode poupar muito trabalho e dinheiro é a realização de backups frequentes. Desta maneira, se no pior caso você perder algo, será mais fácil recuperar arquivos e demais informações.

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