

Em 1971, enquanto chefiava o departamento de Projetos da extinta Companhia Telefônica Brasileira, Chu Silveira decidiu criar uma proteção para os telefones públicos que fosse útil e bela ao mesmo tempo. Com isso, ela se apropriou do formato da casca do ovo para fornecer a melhor acústica para o usuário. Feita de fibra de vidro, inicialmente na cor laranja, a novidade foi apelidada pelos brasileiros de "tulipa", "capacete de astronauta" e, finalmente, o nome que seria mantido ao longo do tempo: "orelhão".
Com a instalação dos orelhões, em 1972, a Companhia Telefônica Brasileira teve um aumento de 12% no uso dos telefones públicos. A criação de Chu Cilveira só perdeu força com a popularização dos celulares, no final da década de 1990.
Ainda na década de 1970, a arquiteta sino-brasileira e o marido, Clóvis Silveira, construíram a icônica residência de concreto e vidro da família, no bairro do Morumbi, em São Paulo. Ela se baseou no estilo brutalismo, que ganhava força nessa época e teve como expoentes os arquitetos João Batista Vilanova Artigas, Hans Broos e Paulo Mendes da Rocha.
Chu Ming Silveira faleceu em 18 de junho de 1997, em São Paulo, aos 56 anos.