A pesquisa analisou 22 corredores da Maratona de Hartford 2015 e foi publicada na revista científica American Journal of Kidney Diseases. Os rins dos participantes da prova se recuperaram completamente em até 72 horas após a corrida, mas, o estudo levantou um questionamento sobre os impactos ao organismo provocados pelo esforço físico intenso.
Amostras de sangue e urina foram coletadas na véspera da competição, no dia da corrida e um dia após a maratona. Os pesquisadores investigaram os níveis de várias proteínas na urina e de creatinina sérica, uma substância que é lançada no sangue quando a pessoa tem algum problema no sistema urinário. Constatou-se que 82% dos corredores desenvolveram uma lesão renal aguda, classificada como estágio 1, ou seja, quando o órgão não consegue filtrar os resíduos presentes na corrente sanguínea.
Segundo os pesquisadores, as causas desses problemas renais poderiam estar relacionadas ao aumento da temperatura corporal, à desidratação e à diminuição do fluxo sanguíneo durante a prova. "Na prática clínica, quando ocorre essa situação, depois de 72 horas, o funcionamento do rim é restaurado.
"Como tudo na vida, tem que haver um equilíbrio. Não se deve ficar sem atividade física, e também não se deve fazer sem supervisão. Os dois extremos não são bons para nossa saúde", completa a especialista.
(com Radioagência Nacional).