Em março deste ano, a OMS lançou a campanha Global Patient Safety Challenge on Medication Safety (Desafio Global de Proteção do Paciente em Relação à Segurança da Medicação, em tradução livre), que aborda o tema e traz propostas para melhorar a forma como os medicamentos são prescritos, distribuídos e consumidos. "As pessoas precisam ser conscientizadas que erros no uso de medicamentos, desde a automedicação até a sub ou superutilização, podem acarretar danos irreversíveis à saúde e até mesmo a morte. Mesmo medicamentos prescritos devem ser consumidos rigorosamente de acordo com as recomendações de profissionais habilitados", alerta Pedro Oliveira, diretor médico da ePharma.
A OMS estima que sejam gastos US$ 42 bilhões (cerca de R$ 132 bilhões) por ano – ou quase 1% do total do dispêndio global com saúde – para custear os erros causados pela medicação inadequada.
Segundo o médico, os idosos perfazem o grupo mais exposto a este risco. "Muitos não conseguem organizar os diversos medicamentos que precisam tomar ao longo do dia. Neste sentido, a oferta de dispositivos organizadores, desde a pill box até sistemas de alerta por distintas mídias, como aplicativos para smartphones, podem e devem ser estimulados no sentido de reduzir erros de medicação", comenta Pedro Oliveira.
Em casa
Os cuidados com os remédios precisam começar em casa, escolhendo o lugar ideal para acondicioná-los. As cozinhas e banheiros devem ser descartados por sofrerem variações constantes de temperatura, podendo alterar a qualidade e efetividade dos medicamentos. O especialista recomenda o armazenamento destes produtos em locais longe do calor e da luz direta, como guarda-roupa ou armários no quarto.
Em caso de intoxicação, deve-se buscar imediata orientação médica e/ou farmacêutica. "Não tome nenhuma atitude de intervenção. Em alguns casos, isso pode prejudicar ainda mais a situação e ampliar os riscos para o paciente", orienta Pedro Oliveira..