Para piorar, o colírio acaba interagindo de forma perigosa com medicamentos usados para tratar outras doenças típicas do frio, como gripe, resfriado, asma, rinite e sinusite. Segundo o médico, nesta época do ano, as interações entre colírios e demais remédios (como antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios) chegam a dobrar e atingem 20% dos pacientes.
Um exemplo do risco da interação medicamentosa, como mostra Queiroz Neto, é o uso de descongestionante nasal com colírio betabloqueador para controlar a pressão interna do olho em portadores de glaucoma. Isso porque, esta combinação pode cortar o efeito do colírio e levar à piora dessa grave doença ocular.
O médico destaca que as mulheres devem estar atentas também ao uso de colírio antibiótico para conjuntivite bacteriana concomitantemente com a pílula anticoncepcional. Neste caso, os antibióticos acabam cortando o efeito da pílula.
Já a lágrima artificial perde seu efeito quando usada juntamente com um anti-histamínico. O especialista afirma que para as pessoas alérgicas, cápsulas de semente de linhaça, rica em ômega-3, é uma forma de garantir a melhor lubrificação dos olhos.
Uma das interações mais graves, segundo o oftalmologista, é o uso de medicamentos broncodilatadores, que ajudam a aumentar a entrada de ar nos pulmões, juntamente com colírio betabloqueador para glaucoma.