A elaboração do ranking da Editora Guiya tem base em critérios rígidos. Profissionais da editora visitam as capitais, fazem entrevistas e, com isso, mapeiam os points LGBT ou gay-friendly (simpatizantes). "Para incluirmos um local em nossos roteiros, temos que ter a certeza de que o público gay é realmente frequentador. Belo Horizonte me surpreendeu quando eu fiz minha primeira visita técnica à cidade. Fiquei completamente encantado", afirma Welton Trindade, jornalista e editor do Guia Gay BH, que faz parte da Editora Guiya.
O posicionamento de BH é importante para agitar o turismo da capital. Afinal, de acordo com a Organização Mundial do Turismo, de cada 10 turistas no mundo, um é do segmento LGBT. Ainda segundo a entidade, 15% de toda a movimentação financeira turística do mundo vêm deste mesmo público.
Não por acaso, a 20ª Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte, realizada no domingo, dia 16 de julho, foi um sucesso, reunindo um público estimado em cerca de 100 mil pessoas.
Porém, mais que dar atenção ao turismo LGBT enquanto um mercado a ser explorado economicamente, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) se diz empenhada em lutar contra o preconceito sofrido por este público. "Por que até hoje ainda temos de vencer esse preconceito todo? Por que temos de ter manifestos para poder ter dignidade nessa vida? A participação da prefeitura, por meio da Belotur, das políticas sociais e de todos os nossos quadros, traz essa reflexão e a gente precisa apoiar. Espero que em um espaço curto de tempo, a gente possa avançar muito mais do ponto de vista do preconceito", enfatiza Aluizer Malab, presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte, a Belotur.
Points de BH
Sobre a segunda colocação de BH no ranking da Guiya, que, de forma surpreendente, supera o Rio de Janeiro, o jornalista Welton Trindade comenta que "um fim de semana em Belo Horizonte é muito pouco para aproveitar tudo o que a capital oferece. É uma cidade muito evoluída, que deve ser frequentada e, cada vez mais, descoberta pelo público LGBT. O Rio de Janeiro tem muita fama, mas Belo Horizonte tem mais atrativos, por incrível que pareça".
Um dos destaques levantados por Welton é que a capital mineira possui duas áreas gays já consolidadas, ou seja, regiões com vários estabelecimentos LGBTs: a Savassi e o centro. "É muito bom ver casais gays andando de mãos dadas pela cidade. Isso demonstra que além de ter estrutura para o público, Belo Horizonte também merece destaque em cidadania", comenta o editor do Guia Gay BH.
(com assessoria de imprensa da PBH).