Segundo a cirurgiã-dentista Renata Amorim, da clínica Vitácea Odontologia, isso ocorre devido à liberação de alguns hormônios que provocam a redução da defesa imunológica, a diminuição da salivação e o menor diâmetro dos vasos sanguíneos, reduzindo a oxigenação dos tecidos de suporte do dente.
Além desses fatores, outras ações associados ao estresse, segundo a especialista, podem contribuir para a desestabilização dentária:
- Consumo abusivo de álcool e cigarro: o álcool aumenta a atividade dos músculos mastigatórios e, ainda, altera o hábito de higiene bucal do indivíduo. Já o tabagismo diminui a oxigenação dos tecidos e a chegada de células de defesa à região
- Tensão muscular: aumenta o aperto e o ranger de dentes
- Diabetes: o estresse causa um maior acúmulo de açúcar no sangue do indivíduo, o que piora o quadro de diabetes e, consequentemente, agrava a doença periodental
Tratamentos
Ainda de acordo com a especialista, os tratamentos indicados para pacientes com estresse são o controle periodontal e, em caso de perda dentária, reabilitação por meio do uso de implantes. "Deve-se tentar controlar os fatores que desencadeiam o estresse, como, por exemplo, sair de casa fora do horário de pico. Fazer exercícios físicos e dormir bem são fatores que contribuem para uma vida com maior tranquilidade e qualidade", diz Renata Amorim.