Revista Encontro

Ingrediente

Projeto quer o mínimo de 27% de cacau no chocolate brasileiro

Ideia é aproximar a qualidade do nosso produto ao que é produzido na União Europeia

Encontro Digital
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviço da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que fixa o percentual mínimo de cacau nos chocolates e seus derivados, nacionais e importados, comercializados em todo o Brasil.
Pelo texto aprovado, chocolate deve ser entendido como o produto obtido a partir da mistura de derivados de cacau com outros ingredientes, contendo, no mínimo, 27% de sólidos totais da fruta.

O produto pode apresentar recheio, cobertura, formato e consistências variados.

O texto aprovado na comissão é o substitutivo do relator, deputado Helder Salomão (PT-ES), ao Projeto de Lei 851, de 2011, do ex-deputado Geraldo Simões, e propostas apensadas (1533/11, 919/15 e 1028/15). O projeto original previa mínimo de 25% de sólidos totais de cacau, conforme já exigido hoje pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O relator preferiu adotar "parâmetros utilizados pela União Europeia, onde diversos países são reconhecidos pela excelência na produção de chocolates". Porém, estabeleceu 10 anos de prazo para a indústria processadora de cacau se adequar ao percentual de 27%.

A proposta aprovada estabelece os seguintes percentuais mínimos de cacau para cada tipo de chocolate e seus derivados:


Rótulos

De acordo com o substitutivo, os rótulos, as embalagens e as peças publicitárias dos produtos poderão conter a informação do percentual de sólidos totais de cacau que compõem esses produtos.

Na Comissão de Defesa do Consumidor, o substitutivo aprovado proibiu o uso dos termos "chocolate", "chocolate branco" e "achocolatado" em rótulos de produtos que não contenham uma quantidade mínima de cacau na composição. Além disso, fixou penas para o descumprimento da medida.

Tramitação

O projeto, agora, será analisado, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se não houver decisão contrária, seguirá diretamente para análise do Senado.

(com Agência Câmara Notícias).