A pesquisa foi liderada pela radiologista Elizabeth Arleo, especializada em mamografia, que trabalha no hospital Presbiteriano de Nova Iorque, nos Estados Unidos. "O rastreamento anual a partir dos 40 anos é a melhor estratégia para prevenir uma morte precoce em decorrência do câncer de mama", diz a médica.
Conforme o estudo, com uma triagem menos frequente e feita numa idade mais avançada, como a partir dos 50 anos, por exemplo, gera uma chance de descoberta da doença entre 23% e 31%.
A maioria das instituições médicas, incluindo a Sociedade Americana do Câncer e a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (um painel de especialistas com apoio do governo americano), reconhece que a realização da mamografia a partir dos 40 anos aumenta a chance de diagnóstico precoce, porém, o risco de falso-positivo também cresce.
Por meio de modelos computadorizados, o estudo comparou os benefícios e os riscos de uma mamografia a partir dos 40 anos. O resultado mostrou que a maioria das mulheres seria chamada de volta aos consultórios médicos por falsos alarmes.
O diretor da Sociedade Americana do Câncer, Otis Brawley, disse em entrevista para o portal americano de notícias HuffPost que as chances de uma mulher nessa faixa etária ter um falso positivo são "muito altas", enquanto as possibilidades do teste salvar a vida de alguém "são muito pequenas".
A partir do resultado dos testes no computador, a Sociedade Americana do Câncer sugere mamografias anuais a partir dos 45 anos. Já a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos recomenda o exame em mulheres a partir dos 50 anos, com intervalo de dois anos..