Conhecida como Pronokal, a "dieta em pó" é baseada na restrição severa do consumo de carboidratos, com alta ingestão proteica e baixa quantidade de calorias. O produto é fornecido em forma de sachês, que devem ser misturados à água para se "transformarem" em refeições.
De acordo o nutrólogo Lucas Penchel, qualquer dieta com restrição energética promove perda de peso. Entretanto, estudos comprovam que dietas convencionais, que restringem 30% do valor energético, reduzindo gordura – principalmente saturada – entre 20 e 35%, proteína em 15% e carboidratos entre 50 e 55%, levam a uma perda de peso muito similar após o período de um ano. É o caso das famosas dietas lowcarb e cetogênica.
"A dieta do pó, que costuma ser prescrita por médicos e diz contar com equipe multidisciplinar, leva à monotonia, à distorção alimentar, à exclusão social e ao desequilíbrio nutricional, causando malefícios ao metabolismo energético, à resposta imunológica, à construção e reparação tecidual e à saúde de forma de geral", alerta o médico.
Segundo o nutrólogo, o ideal é adequar o consumo energético de macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas) ao de micronutrientes (vitaminas e minerais). "A alta restrição alimentar, se realizada a longo prazo, tem forte correlação com pensamentos obsessivos por comida, compulsão e transtornos alimentares, além de poder levar a carências nutricionais. Como tratamento para a obesidade, a dieta pode levar à perda de peso rápida, o que leva à motivação do paciente e a continuidade no tratamento.