
Segundo o otorrinolaringologista Fernando Oto Balieiro, do hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo, ainda não se sabe exatamente a razão pela qual algumas pessoas produzem mais cerume que as outras. Mas, existe uma associação entre essa quantidade excessiva de cera e a pele oleosa.
"Quem possui pele mais oleosa tende a ter uma produção de cera maior quando comparada a outras pessoas que não dispõem desta característica. É algo muito frequente", explica o médico. Apesar dessa correlação, o especialista lembra que não é possível assegurar que todos que possuem maior oleosidade da pele terão problema no ouvido.
Alguns sinais também podem alertar para o acúmulo de cera. Os primeiros sintomas são sempre a sensação de ouvido tampado e a surdez. De acordo com o otorrinolaringologista, isso é comum em quem possui uma espécie de "rolha" de cerume, que acaba fechando um ou dois condutos auditivos.
Haste flexível
Outra forma de acentuar o acúmulo de cera está ligada a um velho costume das pessoas: o uso da haste flexível com algodão nos ouvidos. A retirada do cerume deve ser feita somente por um especialista e quando houver queixa do paciente. A ânsia para resolver o incômodo, manipulando ou pingando produtos no ouvido, pode ocasionar consequências mais graves.
"É possível contrair uma otite externa, que é uma infecção da pele do canal, ocasionada por um trauma, ou seja, um machucado, decorrente de alguma substância ou manipulação indevida", comenta Fernando Balieiro.
Para a correta higiene do ouvido, o otorrino recomenda somente água e sabão durante o banho, na parte externa do órgão.