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FMI alerta que aquecimento global vai impactar no PIB dos países mais pobres

Segundo o Fundo, 1º C a mais pode reduzir em 10% o PIB per capita dos países menos desenvolvidos


postado em 27/09/2017 14:31

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) comentou nesta quarta-feira, dia 27 de setembro, que os países pobres serão incapazes de fazer frente sozinhos aos efeitos econômicos do aquecimento global sem um esforço global das economias desenvolvidas. As nações menos abastardas devem ter uma perda estimada de 10% de do Produto Interno Bruto (PIB) per capita até 2100, segundo o FMI. A informação é da agência espanhola de notícias EFE.

"Se não houver esforços globais para frear as emissões de carbono, o previsto aumento na temperatura suprimirá cerca de uma décima parte do PIB per capita dos países de baixos investimentos para finais do século XXI", informa o Fundo por meio do relatório Perspectivas Econômicas Globais.

Essas projeções se baseiam em cenários conservadores de aumento de 1º C na temperatura dos países em desenvolvimento, o que se traduziria em menor produção agrícola, esfriamento dos investimentos e danos à saúde.

O documento enfatiza que "dado que as economias avançadas e emergentes são as que contribuíram em grande medida ao aquecimento global e devem continuar nesse caminho, ajudar os países de baixos investimentos a encarar suas consequências é um imperativo humanitário e uma sensata política econômica global".

Para o organismo internacional, comandado por Christine Lagarde, um dos principais problemas é que "as políticas domésticas desses países não são suficientes" para protegê-los das mudanças climáticas, devido aos seus poucos recursos econômicos, ao citar exemplos de alguns dos países mais expostos, como o Haiti, o Gabão e Bangladesh.

"À medida que as altas temperaturas ultrapassam os limites biofísicos dos ecossistemas desses países, poderia haver epidemias mais frequentes, fome e outros desastres naturais, ao mesmo tempo que é alimentada a pressão migratória e o risco de conflitos", alerta o FMI.

Cerca de 60% da população mundial vive em países onde o aquecimento global provavelmente produzirá estes "efeitos perniciosos", na opinião do Fundo.

(com agência EFE e Agência Brasil)

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