Segundo Fernando Muzzi, chefe da divisão de reciclagem da SLU, a atividade é positiva tanto para a sociedade quanto para o meio-ambiente, já que a utilização dos materiais recicláveis contribui para a redução do uso de recursos não renováveis. "Além disso, as ações garantem maior vida útil aos aterros, uma vez que o entulho descartado pela população é triturado e volta para a cadeia produtiva”, comenta o gestor.
Qualquer pessoa pode encaminhar os resíduos de construção às EREs, obedecendo ao limite máximo diário, por gerador, de quatro a cinco viagens, ou o equivalente a cerca de 25 m³, conforme a unidade de destinação. O serviço é gratuito.
Fernando destaca que, quanto mais limpos os materiais, melhor o aproveitamento deles. São recebidos resíduos que contenham, no máximo, 10% de rejeitos, como gesso, asfalto, amianto, madeira, plástico, papel, papelão, entre outros. "Placas grossas e colunas de concreto com muitas ferragens não são aceitas, porque dificultam o processamento em nossos britadores, mas, de forma geral, os caçambeiros já conhecem as regras e descarregam apenas o entulho mais fino", afirma o representante da SLU.
Reciclagem
Belo Horizonte iniciou em 1995 o programa de reciclagem de entulho, que incluiu a instalação das EREs. Esse material representa 26% do total de resíduos recolhidos no município e 80% da coleta de materiais recicláveis. Conforme a SLU, os resíduos de construção e demolição respondem por significativa parcela dos rejeitos gerados nos grandes centros urbanos.
Ainda de acordo com a superintendência, no ano de 2016, foram encaminhadas 24,5 mil toneladas de resíduos da construção civil para as duas usinas de reciclagem da cidade.
(com portal da PBH).