Os dados são da pesquisa TIC Domicílios 2016, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
"Os resultados indicam maior presença dos acessos móveis nos domicílios brasileiros, que ocorrem principalmente por meio do uso de telefones celulares. O crescimento da banda larga móvel, contudo, ocorre com maior intensidade entre os domicílios das classes sociais menos favorecidas e em regiões que tradicionalmente apresentam conectividade mais restrita, como é o caso da região Norte e das áreas rurais", comenta Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.
Conexões
Os dados apontam também que 54% das residências brasileiras estão conectadas à internet (36,7 milhões), o que representa um aumento de 3% na comparação com 2015. Segundo a pesquisa, o acesso à rede está mais presente em domicílios de áreas urbanas (59%) e nas classes A (98%) e B (91%). As residências das classes D e E conectadas à internet são 23%, enquanto aquelas em áreas rurais chegam a 26%.
No estudo do CGI.br, é possível notar que em 18% das residências conectadas, a internet também é utilizada pelo domicílio vizinho, prática mais comum em casas localizados em áreas rurais (30%) e na região nordeste (28%). Entre os principais motivos para não ter internet, 26% afirmaram que a conexão é cara e 18% destacaram falta de interesse.
Usos
As atividades realizadas na rede mais mencionadas foram o envio de mensagens instantâneas (89%) e uso de redes sociais (78%), número estável na comparação com a pesquisa anterior. Em 2016, observou-se que 17% dos usuários usam a internet para divulgar ou vender produtos ou serviços, enquanto essa proporção era de apenas 7% em 2012.
"O indicador revela a existência de desigualdades também quanto ao tipo de atividade realizada pelos usuários a depender de condições de infraestrutura, sobretudo, quando se trata de aplicações que requerem velocidades de banda mais alta, como é o caso de streaming de vídeo. Esse é mais um ponto importante para garantir uma plena inclusão digital", diz Alexandre Barbosa.
A pesquisa foi feita por meio de entrevistas em mais de 23 mil domicílios em todo o país, entre novembro de 2016 e junho de 2017.
(com Agência Brasil).