
A biofábrica de joaninhas será instalada na Casa Amarela, no Parque das Mangabeiras, região centro-sul de Belo Horizonte, e deve entrar em funcionamento até março de 2018. "Estamos reformando a Casa Amarela com recursos de compensação ambiental. No local, além da biofábrica irá funcionar um Centro de Referência em Educação Ambiental", comenta Afonso Henrique Fraga, diretor de Gestão Ambiental da SMMA.
De acordo com o diretor, o objetivo é que as joaninhas sejam empregadas diretamente no combate às pragas que causam danos nas árvores de logradouros públicos e em áreas verdes da capital mineira, reduzindo os impactos causados pelas mesmas. "A inserção de joaninhas irá contribuir com o aumento na biodiversidade de flora", afirma Afonso Fraga.
Exemplo da França
O secretário Mário Werneck lembra que a PBH busca formas de gestão que integrem novas tecnologias aos recursos existentes. Uma das estratégias de sustentabilidade da cidade, segundo o secretário, é a recuperação de serviços do ecossistema nos ambientes urbanos, gerando produção de alimentos, matérias primas, renovação de recursos hídricos, beleza cênica, redução de poluição, entre outros.
"Estamos nos espelhando na experiência implantada em Paris, onde a iniciativa gerou excelente resultado. Lá, eles distribuíram as larvas de joaninha para acabar com os pulgões e outros insetos que danificam jardins públicos. Paris é uma cidade que não usa pesticida há anos nos logradouros públicos. É uma referência de políticas ambientais de sucesso", explica Werneck.
Distribuição
Além de serem utilizadas pela gestão pública, as joaninhas serão distribuídas para produtores e para quem se interessar. As larvas serão distribuídas dentro dos programas realizados pela PBH. O objetivo, segundo o gestor da SMMA, é acabar com as pragas sem o uso de agrotóxicos.
"O controle biológico natural terá efeito positivo em áreas de produção de alimentos. Como boa parte das hortas urbanas desenvolvidas no município utiliza práticas agroecológicas, o controle biológico pode atuar com forma de manejo de pragas nas hortas urbanas. Dessa forma, o controle biológico tem papel chave na garantia de cultivos sustentáveis em áreas urbanas, ao promover a biodiversidade e ao eliminar os efeitos negativos da aplicação de agrotóxicos", esclarece Afonso Fraga.

(com portal da PBH)