Os sintomas mais comuns da DPOC são tosse, pigarro, falta de ar, cansaço e catarro. Sua principal causa é o tabagismo e, por isso, seus sintomas são frequentemente negligenciados e interpretados como consequências naturais do fumo, e dificilmente percebidos como indícios de uma doença mais grave. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica se tornará a terceira maior causa de morte no mundo em 2020.
"Além dos seus sintomas tradicionais, a doença também tem outras consequências se não for tratada da forma correta, como quadros de depressão, por conta da limitação que os pacientes sofrem em suas atividades cotidianas, e problemas cardíacos, como o infarto agudo do miocárdio e arritmia cardíaca", explica o médico Mauro Gomes, da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.
Segundo o especialista, um estudo feito nos Estados Unidos comprovou que o risco de morte por doenças cardiovasculares em pacientes com DPOC é duas vezes maior do que em pessoas sem a condição. Isso ocorre sobretudo porque o tabagismo reduz a capacidade respiratória e, como resultado, a oxigenação do sangue diminui. Outras características que costumam aparecer nos portadores de DPOC, como a obesidade e o sedentarismo, também podem aumentar o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento contínuo são essenciais para prevenir a maior parte das complicações da DPOC.
O principal grupo afetado pela DPOC são pessoas com mais de 40 anos, fumantes ou ex-fumantes, que tenham tosse e catarro constantes e sintam muito cansaço ao fazer esforços. Apesar de ser uma doença grave e sem cura, ela pode ter seus sintomas controlados com o tratamento adequado. Para isso, é importante conscientizar a população sobre os sintomas, geralmente negligenciados, e incentivar a população a realizar exames como a espirometria, principalmente no caso de fumantes..