
Anthony Hackney, autor do estudo e professor de Fisiologia do Exercício e Nutrição, deixa claro, no entanto, que a pesquisa abordou atletas extremos. "Não estamos falando de pessoas que passam 30 minutos na academia. Estamos nos referindo a pessoas que correm 80 km por semana", esclarece o especialista em entrevista para o jornal americano The New York Times.
Um exemplo é o atleta amador Matt Bach, que passou cinco anos competindo em provas de resistência, treinando até 17 horas por semana, e notou um declínio em sua vida sexual. Os índices de testosterona dele estavam, em maio de 2016, em 153 nanogramas por decilitro de sangue (ng/dl), quando o normal para um homem de sua idade seria algo em torno de 625 ng/dl. Bach interrompeu os treinos e, após dois meses, a testosterona já havia subido para 308 ng/dl.
"O exercício pode afetar, de certa forma, que o atleta esteja tão cansado para estar interessado em sexo. Mas, eu acho que é mais do que apenas fadiga. Acho que é uma questão ligada ao tipo de treino e à queda da testosterona. Se você está com a testosterona baixa, tende a ter menos apetite sexual", explica Anthony Hackney ao NY Times.