Estado de Minas CIÊNCIA

Estudo mostra que metal presente no meteoro que extinguiu os dinossauros é eficaz contra o câncer

O irídio se mostrou um ótimo destruidor de células cancerosas


postado em 09/11/2017 10:22 / atualizado em 09/11/2017 10:27

Um estudo conjunto entre britânicos e chineses descobriu que o irídio, metal presente no meteoro que extinguiu os dinossauros, é muito eficaz para acabar com as células cancerosas(foto: Periodictable.com/Theodore W. Gray/Reprodução)
Um estudo conjunto entre britânicos e chineses descobriu que o irídio, metal presente no meteoro que extinguiu os dinossauros, é muito eficaz para acabar com as células cancerosas (foto: Periodictable.com/Theodore W. Gray/Reprodução)
O irídio, um metal raro que fazia parte do famoso meteoro que acabou com os dinossauros há milhões de anos, pode ajudar a destruir, também, um dos maiores vilões da humanidade: o câncer. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa conjunta realizada pela Universidade de Warwick, do Reino Unido, e pela Universidade Sun-Yat Sem, da China. Segundo os cientistas, esse valioso elemento químico tem potencial para matar células cancerosas.

Os pesquisadores introduziram um composto com partículas de irídio e material orgânico em um tumor e, em seguida, utilizaram um laser na região afetada pelo câncer para desencadear o processo. A combinação resultou em uma espécie mortal de oxigênio (intitulada singlete), capaz de destruir as células canceríosas sem prejudicar qualquer tecido saudável.

Para a realização do estudo, os cientistas desenvolveram no laboratório um modelo de tumor no pulmão. De acordo com o resultado que obtiveram, o composto com partículas de irídio penetrou em cada camada da célula cancerosa, demonstrando uma surpreendente eficácia deste novo tratamento.

"O metal precioso platina já é usado em mais de 50% das quimioterapias contra o câncer. Agora, está sendo explorado o potencial de outros metais preciosos como o irídio para proporcionar novos medicamentos que ataquem as células cancerosas de forma completamente nova, combatam a resistência e possam ser usados de maneira segura e com efeitos secundários mínimos", comenta Peter Sadler, pesquisador da Universidade de Warwick e um dos líderes do estudo, em entrevista para o portal americano EurekAlert.

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