Um estudo elaborado pela Universidade de Northwestern, no estado americano de Illinois (EUA), e publicado na quarta-feira, dia 15 de novembro, mostra que uma mutação genética de uma família amish de Indiana, também nos Estados Unidos, é responsável por "aumentar a longevidade" de seus membros, já que os protege de "diversos aspectos do envelhecimento biológico".
Das 177 pessoas analisadas, com idade entre 18 e 85 anos, 43 se mostraram portadoras de uma mutação no gene serpine1, que é responsável por provocar uma redução drástica da proteína PAI-1, o que causa o envelhecimento em nível celular.
Segundo o estudo, que foi publicado na revista científica Science Advances, os membros da comunidade que possuem essa variação genética acabam vivendo 10% a mais. Além disso, os cientistas descobriram que esses 43 membros da religião amish também estavam em melhor estado de saúde: eram menos afetados pelo diabetes e por problemas cardiovasculares.
Ainda conforme a pesquisa da Universidade de Northwestern, um grupo de cientistas americanos e japoneses já estão tentando criar um medicamento que possa recriar o efeito da mutação, com o objetivo de, a longo prazo, proteger os seres humanos de doenças ligadas ao envelhecimento, estimulando, assim, a longevidade.
Além dos EUA, muitos amish também residem no Canadá e são conhecidos pelos costumes ultraconservadores e pelo estilo de vida saudável: os membros não consomem bebidas alcoólicas; não fumam; e se alimentam de produtos cultivados e criados por eles mesmos, evitando substâncias potencialmente cancerígenas.