A partir de agora, Belo Horizonte passa a ter três novos patrimônios culturais municipais: as comunidades quilombolas de Mangueiras, Luízes e Manzo Ngunzo Kaiango. A decisão do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural foi unânime e divulgada no dia 13 de dezembro, no Museu Histórico Abílio Barreto.O estudo das comunidades e de suas referências culturais foi coordenado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da secretaria municipal de Cultura e pela Fundação Municipal de Cultura.
Com o registro imaterial, as comunidades tradicionais de matriz africana e suas diversas manifestações culturais se tornaram patrimônio cultural do município e o documento da titulação encontra-se na Diretoria de Patrimônio Cultural, Arquivo Público e Conjunto Moderno da Pampulha, ficando à disposição da população.
Comunidade quilombola de Mangueiras
A comunidade Mangueiras fica situada na região norte da capital mineira, em uma área conhecida como Ribeirão da Izidora 13, fazendo limite com o município de Santa Luzia, e próximo ao bairro Aarão Reis, no km 13,5 da MG-20. A população da comunidade é de aproximadamente 65 pessoas, que se distribuem em 17 moradias, em uma área de 18 mil m². Esse território foi propriedade de seus ancestrais, desde meados do século XIX, antes mesmo na formação de Belo Horizonte.
Comunidade quilombola de Luizes
O quilombo de Luízes se localiza na Vila Maria Luiza, onde, atualmente, existe o bairro Grajaú, região oeste da capital. A história da comunidade e de seu território, obtido por meio de compra ou doação, remonta ao ano de 1895, período no qual se iniciava a construção de Belo Horizonte, o que evidencia o enlace entre as histórias dos Luízes e do próprio município. O quilombo é formado, atualmente, por descendentes da quarta até a sétima geração do casal Maria Luiza Luiza (1886 – 1971) e Vitalino. No terreno de cerca de 2,3 mil m² existem 30 casas, onde vivem 80 pessoas.
Comunidade quilombola de Manzo Ngunzo Kaiango
A comunidade Manzo Ngunzo Kaiango está localizada na região leste da cidade de Belo Horizonte, no bairro Santa Efigênia. O terreno foi adquirido por sua matriarca, Efigênia Maria da Conceição, de 71 anos, no início dos anos 1970. A compra do terreno foi viabilizada a partir dos trabalhos espirituais feitos pelo Preto Velho Pai Benedito, mentor espiritual da matriarca.
(com portal da PBH)
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