"São pessoas com obesidade já grave e que precisam de algum tratamento", comenta Karla Coelho, diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os dados da Vigitel foram divulgados nesta quinta, dia 14 de dezembro, no Rio de Janeiro.
Atualmente, a obesidade é uma doença pediátrica muito comum, e a prevenção é a única maneira de deter o avanço desse epidemia na sociedade, por meio de atividades nas escolas, governos, sociedades científicas, indústria alimentícia e a mídia, "para envolver todos nesse propósito", afirma a diretora.
Ainda conforme a representante da ANS, é preciso desenvolver ações educativas desde o pré-natal, com promoção do aleitamento materno, estímulo a atividades físicas e práticas corporais de crianças e adolescentes, atividades lúdicas, recreativas. Kátia Coelho destaca ainda a necessidade de observar o comportamento sedentário nas crianças, uma vez que a obesidade começa na infância e se perpetua na vida adulta. A ANS recomenda que as crianças durmam as horas necessárias e que haja controle do tempo que dedicam à TV, aos tablets, aos celulares e aos jogos eletrônicos.
Desafio
A obesidade é colocada como tema estratégico da Organização Mundial da Saúde (OMS). A diretora da ANS destaca que o mundo saiu de um período de escassez para um de abundância de alimentos. "Estamos saindo de um período em que havia muita desnutrição para um período de sobrepeso e obesidade", comenta Kátia.
Nos Estados Unidos, a sociedade já enfrenta esse desafio no sistema de saúde, devido à tendência de ingerir fast food e alimentos ultraprocessados, lembra a representante da ANS. E o Brasil, como os demais países latino-americanos, está copiando esse tipo de má alimentação, apesar de ter uma diversidade de alimentos in natura, acrescenta Kária. A receita é dar preferência a alimentos feitos em casa, evitar o excesso de gordura, de sal e açúcar, concluiu.
(com Agência Brasil)