
Provocada por fungos, as micoses afetam animais e pessoas de várias maneiras e em diferentes graus de intensidade. A esporotricose é uma delas e o fungo causador pode ser encontrado em plantas e, especialmente, em troncos de árvores. Por isso, felinos que têm o costume de arranhar esse tipo de madeira estão mais suscetíveis à doença. Em cães, a infecção é mais incomum.
Machucados na face e nos membros do pet podem ser sinais de que ele está infectado. A partir desse ponto, os tutores devem tomar uma série de cuidados específicos com o animal. É preciso usar luvas ao manipular o pet, para evitar o contato direto com as úlceras, além de ter cuidado com arranhões e mordidas. A visita urgente ao consultório de um médico veterinário também é essencial.
Segundo a médica veterinária Ana Claudia Balda, consultora do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal, o tratamento para a esporotricose é feito à base de medicamentos antifúngicos por via oral. "O tempo de cura gira em torno de três meses, sendo sempre importante o acompanhamento de um médico veterinário devido aos efeitos colaterais do remédio", comenta a especialista.
Essa micose é considerada uma epidemia pelos especialistas, sendo uma das grandes preocupações dos veterinários quando o assunto é saúde pública. Isso ocorre devido à fácil transmissão do animal para as pessoas. Um pet contaminado que não recebe o devido tratamento pode contaminar uma família inteira.
É importante ressaltar que o animal pode transmitir a enfermidade aos humanos mesmo sem estar infectado pelo fungo, pois o microrganismo fica nas unhas do pet após o contato com plantas ou solo contaminado e é difundido por meio do contato.
Descobrir a doença logo no início é essencial para impedir a propagação do fungo. Apesar da esporotricose ter cura, o tratamento é longo e pode causar efeitos colaterais.