Revista Encontro

Polêmica

Sociedade Brasileira de Pediatria é contra a liberação das vacinas em farmácias e drogarias

A entidade médica alega que os estabelecimentos farmacêuticos não estão aptos a fornecer o serviço de vacinação

Da redação com assessorias
Após a publicação da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que autoriza farmácias e drogarias a aplicarem vacians e emitirem certificados de vacinação, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou um comunicado à imprensa nesta sexta-feira, dia 12 de dezembro, alertando a população sobre os riscos relacionados à venda e à aplicação de imunizantes nos estabelecimentos farmacêuticos.

Conforme a nota, a SBP pede que a decisão da Anvisa seja revisada com urgência, "por conta dos problemas que pode causar à saúde da população, em especial de crianças e adolescentes".
Entre os problemas identificados pelos pediatras estão fatores como a inexistência de médicos nas farmácias e drogarias, que "devem estar presentes em locais de vacinação para diagnosticar casos de eventos adversos nas suas múltiplas formas de manifestação".

Além disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria chama a atenção para o fato de que a existência de uma rede de vacinas em postos de saúde e hospitais, com distribuição gratuita, tornaria a medida desnecessária, pois "farmácias costumam funcionar nas proximidades" desses serviços públicos. Finalmente, o texto destaca que "permitir a venda e aplicação de vacinas em drogarias e farmácias banaliza seu uso e torna a vacinação mais um produto com finalidade comercial do que uma estratégia para a prevenção de doenças".

Abaixo, listamos os motivos para a revisão da resolução da Anvisa, segundo a entidade médica, que representa 35 mil pediatras brasileiros:

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