"A disfunção erétil está relacionada com o envelhecimento natural, porém, no homem diabético, ela pode chegar até 10 anos antes. Estima-se, inclusive, que metade dos homens diabéticos, com mais de 50 anos, já conviva com a condição que implica na dificuldade de obter ou manter a ereção e interfere na qualidade de vida do casal", comenta o endocrinologista João Eduardo Nunes.
Segundo o especialista, é necessário que as pessoas se conscientizem sobre todas as consequências possíveis do diabetes – doença que afeta cerca de 13 milhões de brasileiros. "Tratar a doença não se resume a se atentar apenas ao controle do açúcar no sangue, mas também prevenir e evitar as tantas complicações que vêm com a patologia. A doença cardiovascular é a principal causa de morte nos pacientes diabéticos, mas as pessoas desconhecem essa ligação. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para que o paciente seja orientado", afirma o endocrinologista.
Definida como a incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção satisfatória, João Nunes explica que a disfunção erétil acontece com mais frequência no diabetes em razão dos danos que a doença causa nas paredes dos vasos sanguíneos e que, consequentemente, afetam a circulação e o fluxo de sangue no pênis. Os danos aos nervos provocados pelo diabetes tipo 2, por outro lado, também estão envolvidos nesse processo.