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Turismo

Grutas da Rota Lund, em Minas Gerais, ganham nova iluminação

As antigas luminárias foram substituídas por lâmpadas de LED, mais eficientes e que não afetam o patrimônio natural

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As grutas que compõem a chamada Rota Lund, na região metropolitana de Belo Horizonte, acabam de ganhar uma nova iluminação, com refletores de LED e luz branca, que devem propiciar mais conforto ao turista e melhor conservação das formações naturais, segundo informações do governo de Minas Gerais.

A secretaria de estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável investiu R$ 2,6 milhões para renovar a iluminação cênica dos salões subterrâneos das grutas da Lapinha, em Lagoa Santa; Maquiné, em Cordisburgo; e Rei do Mato, em Sete Lagoas.
Conforme a secretaria, o projeto substitui os antigos pontos de luz colorida que "alteravam a coloração da rocha durante as visitas e já vinham apresentando problemas, com recorrentes apagões".

No passado, as três grutas já chegaram a ter iluminação proveniente de lâmpadas incandescentes, que causavam a elevação da temperatura interna da caverna, o que contribuía para a formação de fungos nas rochas.

"A reforma começou em 2017 e foi uma readequação de todo o sistema, já que o anterior, colorido, não funcionou adequadamente, o que levou a empresa a refazer o projeto, sem novo custo", explica Henri Dubois Collet, diretor-geral em exercício do Instituto Estadual de Florestas (IEF), órgão responsável pela administração das unidades de conservação que abrigam as grutas.
- Foto: Valquiria Lopes/Semad/Divulgação
 A nova iluminação com luz branca traz, além da eficiência e economia da lâmpada LED, a claridade natural que possibilita ao visitante uma melhor apreciação durante o passeio. "A mudança permite ao turista ver com mais precisão, detalhes da gruta e das formações rochosas. Ele passa a ter mais noção de profundidade, melhor visão dos espeleotemas e ainda menos risco de acidente, já que o ambiente está melhor iluminado", destaca Henri.

De acordo com a secretaria, somente em 2017, as três grutas receberam a visita de mais de 88 mil turistas.

Para quem não sabe, a Rota Lund soma mais de 2,4 mil hectares de áreas naturais, com cerca de 50 cavernas e 170 sítios arqueológicos. Os famosos salões das grutas guardam verdadeiros tesouros que surpreendem os turistas. As estalactites que pendem do teto na forma de cones pontudos, bem como as estalagmites que crescem no sentido contrário, têm imensurável valor histórico.
- Foto: Valquiria Lopes/Semad/Divulgação
O nome da rota é uma ao pesquisador dinamarquês Peter Lund, que se tornou conhecido como "pai da paleontologia brasileira".

O circuito passa pelos municípios de Belo Horizonte, Cordisburgo, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo e Sete Lagoas, reunindo sete marcos principais: o Museu de Ciências Naturais – PUC Minas (Belo Horizonte); o túmulo Dr. Peter W. Lund (Lagoa Santa); o Centro de Arqueologia Annette Laming Emperaire (Lagoa Santa); o Museu Peter Lund (Lagoa Santa); o Receptivo Gruta Rei do Mato (Sete Lagoas); o Museu da Gruta do Maquiné (Cordisburgo); e o Museu Casa Guimarães Rosa (Cordisburgo).

(com Agência Minas).