Estado de Minas SAÚDE

Estudo comprova eficácia de todos os remédios antidepressivos

Além disso, a pesquisa ranqueou os melhores medicamentos


postado em 23/02/2018 11:25 / atualizado em 23/02/2018 11:40

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Biomédica em Saúde da Universidade de Oxford, na Inglaterra, feito com mais de 100 mil voluntários, de ambos os sexos, confirmou a eficácia dos variados tipos de antidepressivos em comparação com o placebo (que não possui ingrediente ativo). O resultado foi publicado na revista científica The Lancet.

Os cientistas conluíram que há evidências muito fortes de que os antidepressivos são mesmo capazes de tratar a depressão aguda em adultos. O estudo, que analisou 522 ensaios clínicos, feitos com 21 antidepressivos diferentes, durou seis anos, e se baseou em 116.477 homens e mulheres que sofriam de depressão e que faziam o devido tratamento com medicamentos por pelo menos dois meses.

Para ser considerado eficaz, um antidepressivo precisa ser capaz de reduzir os sintomas da depressão em no mínimo 50%. "Os antidepressivos são uma ferramenta eficaz para a depressão. A falta de tratamento é um enorme problema por causa do impacto na sociedade", comenta a pesquisadora Andrea Cipriani, principal autora do estudo, no artigo divulgado na Lancet.

O resultado da análise não surpreendeu totalmente os especialistas, já que eles sabiam que muitos remédios antidepressivos eram superiores aos placebos. Mas, não imaginavam que todos os medicamentos sairiam vitoriosos. "Estávamos abertos a qualquer resultado, por isso, podemos dizer que esta é a resposta final a uma dúvida de anos", diz Cipriani.

Além de comprovar a eficácia dessa classe de remédio, os cientistas tamém chegaram a uma espécie de ranking de eficácia:

 

  • Os componentes que conseguiram tratar mais rapidamente a depressão: Agomelatina, amitriptilina, escitalopram, mirtazapina, paroxetina, venlafaxina e vortioxetina

  • Estes são os menos eficazes: fluoxetina (Prozac, ainda assim é bem tolerado), fluvoxamina, reboxetina e trazodona

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