Tradicionalmente, em muitos países europeus, o costume é colocar as lagostas vivas diretamente na água fervente. Alguns cozinheiros, no entanto, também cortam um nervo perto da cabeça da lagosta para que, supostamente, não "sintam dor" durante o preparo. Esta ação ainda gera controvérsia no mundo científico.
Em 2008, uma pesquisa publicada no site ScienceDirect, especializado em conteúdo científico, revelou que os camarões – que foram usados como objeto de estudo – respondiam a estímulos considerados nocivos. As ameaças provocavam uma resposta no animal, o que não sucedia com o uso de anestesia local. Embora isso não confirme um possível sofrimento dos crustáceos durante os preparos, o resultado do estudo foi considerado uma vitória pelos defensores dos animais, na época.
Além dos crustáceos, outras espécies marinhas também são vítimas de receitas que representariam maus-tratos.
Existem muitos vídeos na internet, especialmente no YouTube, mostrando como é feita e servida essa controversa técnica japonesa. Após o prato ser entregue ao cliente, ele deve "temperá-lo" com molho de soja e, neste momento, a lula parece "voltar à vida", agitando os tentáculos. Biólgos já esclareceram essa suposta "ressurreição" comos endo uma reação dos tecidos musculares e terminações nervosas, que continuam ativos por vários minutos depois da morte do animal.
Mas, receitas com crustáceos e moluscos não são as únicas que refletem a crueldade humana. Muitos produtos à base de carne e leite escondem a forma como são feitos. Ativistas costumam denunciar muitas fabricantes por se utilizarem da "dor" dos animais em suas fazendas e indústrias. Bichos são espancados, perfurados, forçados a entrar em matadouros e até mesmo abusados sexualmente.
As aves de criação, como galinhas, patos e gansos, talvez sejam os animais que mais sofrem no mundo. Elas vivem em pequenos cubículos, muitas vezes sujos, podendo receber drogas para crescer, num ritmo que afeta patas e órgãos vitais. O tradicional "foie gras" (patê de fígado) da França é uma das receitas que mais geram revolta nos protetores dos animais. O produto é obtido a partir do fígado hipertrofiado de um pato ou ganso que foi alimentado de forma exagerada.
De acordo com os franceses, o pato deve ser alimentado à força através de uma sonda, embora em outros países este prato seja proveniente de alimentação natural. Durante muitos anos, várias associações ambientais denunciaram esta prática, que já é ilegal em toda a União Europeia.
No Brasil, muitas cidades já proibiram o comércio de foie gras, como Belo Horizonte e São Paulo.
Assista, abaixo, a um vídeo de como o odori don é servido:
(com Agência Sputnik).