A luta faz parte do campeonato Mr. Cage 34. Segundo infromações do site especializado no esporte MMA News, Anne, até hoje, só enfrentou concorrentes do sexo masculino. Ela treina jiu-jitsu desde os 6 anos de idade e reconhece que seria injusto enfrentar mulheres. "O justo é que só enfrente homens.
Mas, apesar das críticas e das dúvidas que a transexualidade vem gerando no esporte, como no caso da atleta de vôlei Tiffany Abreu, que atua pela equipe do Bauru e não é bem vista por outras colegas, Anne Veriato faz questão de colocar panos quentes no assunto. "Até quando eu mudar meus documentos, vou continuar lutando com homem. Poderia lutar com meninas, se entrasse com recurso, mas não quero. Porque, se eu gosto de lutar, não vou saber se eu sou boa se lutar com uma mulher, não vai adiantar o meu treino. Com certeza, ela será mais fraca", diz a lutadora em entrevista para o jornal amazonense A Crítica.
Oportunidade
A grande chance de estrear no esporte se deu qaundo a jovem atleta conheceu Samir Nadaf, um promotor de eventos de MMA em Manaus, responsável pelo Mr. Cage. A partir daí ele se tornou empresário de Anne e decidiu que ela deveria começar lutando justamente nesse campeonato, mas, somente contra homens. "Não importa se você tem ou não tem um pênis. Se nasceu homem, lutará contra homem", comenta Samir Nadaf à agência russa de notícias Sputnik.
Apesar de estar inserida no universo masculino no MMA, Veriato confessa que o tratamento de transformação do corpo a afetou para as competições, devido à diminuição da testosterona no organismo. Isto teria feito com que sua força fosse reduzida, e tivesse de se esforçar mais para aumentar a estrutura física.
A lutadora transgênero não acredita que seu rival deve esperar uma luta fácil e, embora esteja sonhando em construir carreira nas Artes Marciais Mistas, não crê que este esporte esteja pronto para recebê-la fora de Manaus.
Para quem não sabe, a primeira lutadora trans da história do MMA profissional foi Fallon Fox, que chegou a obter cinco vitórias, sendo três por nocaute. Ela não luta mais desde 2014, depois de ter recebido uma enxurrada de críticas por ser considerada forte demais para enfrentar mulheres.
(com Agência Sputnik).