Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV), feita a pedido do BC, apenas 32,4% dos consumidores afirmaram que a loja ofereceu desconto caso o pagamento fosse feito em dinheiro ou cartão de débito. Esse percentual aumentou para 42,6% entre consumidores de renda mais alta.
Foram consultadas 1.128 empresas comerciais, 1.883 de serviços e 1.607 consumidores, em fevereiro de 2018.
Vale lembrar que a Medida Provisória nº 764 de dezembro de 2016, convertida na Lei nº 13.455 de julho de 2017, autorizou os estabelecimentos comerciais a oferecerem preços diferenciados em função da forma de pagamento.
O uso de dinheiro ou débito reduz o custo para os lojistas e o prazo para receber os recursos das instituições financeiras, quando comparados com o pagamento feito com o cartão de crédito.
"Os dados revelam que parcelas importantes do comércio e do setor de serviços não oferecem a possibilidade de desconto em função da forma de pagamento. Esse fato indica que há potencial para intensificação da prática de diferenciação de preços, o que potencializaria os benefícios propiciados pela nova legislação", afirma o BC.
De acordo com o relatório, a maioria dos consumidores (63,9%) tem conhecimento da possibilidade de diferenciação de preços conforme o tipo de pagamento. "Importante observar, adicionalmente, que mais de um terço dos entrevistados respondeu que houve elevação da frequência com que o desconto foi oferecido na comparação com o ano passado", acrescenta a instituição.
(com Agência Brasil)